5dez 2022
06:30 UTC
#linguistweets
#abralin

Programa

5dez 2022 21:00 UTC Horário local *

Estratégias e usos do pronome indefinido todes em tweets: uma visão da linguística cognitivo-funcional e da teoria queer

Tiago Dieguez (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)

Nesta pesquisa, a partir da linguística cognitivo-funcional e com aporte da teoria queer, são analisadas ocorrências do pronome indefinido todes em 100 tweets, utilizando-se as categorias de neutralização de gênero e de visibilidade de gênero não binário.

O surgimento de pronomes considerados não binários, nas mais diversas línguas, tem sido analisado, fomentado e rechaçado, num debate em que a língua revela sua conexão permanente com os indivíduos, a sociedade e a cultura. Estratégias de neutralização de gênero voltam-se sobretudo pata a desconstrução do modelo heteronormativo que também subjaz à língua, propondo alternativas que desvelam a norma e seus valores, bem como criam caminhos desviantes, transgressores. Neste trabalho, busca-se analisar, através da perspectiva da linguística cognitivo-funcional e com o aporte da teoria queer, as ocorrências do pronome pessoal todes no português e suas características num corpus de 100 tweets, utilizando-se como categorias de análise os conceitos de neutralização de gênero e o de visibilidade de gênero não binário. As análises permitem identificar, na utilização do pronome todes, principalmente estratégias de desgenerificação ou neutralização de gênero, em que ocupa posição tradicionalmente reservada ao pronome masculino genérico. Ainda que em quantitativo menos expressivo, o mesmo pronome também é utilizado como forma de evidenciar identidades de gênero social não binárias, funcionando especialmente
em blocos coesos paralelamente às formas todos e todas.

Como o pronome não binário todes é usado no Twitter? Fiz um estudo analisando estratégias e usos do pronome numa perspectiva da linguística cognitivo-funcional e com o aporte da teoria queer. Mestrando da @PUCMinasLetras @PosLetras @napucminas #linguistweets #linguisTW2100 1/6
5dez 2022 21:15 UTC Horário local *

DIZ QUE JÁ FICOU PARA NÓS AQUI NO MUNDO: POR QUE REGISTRAR E DESCREVER O PORTUGUÊS INDÍGENA?

Mariana Payno Gomes (Universidade de São Paulo)

Partimos da análise da expressão “dizque” como fenômeno de contato linguístico na fala de bilíngues em português e nheengatu para demonstrar a importância do registro do português indígena e contribuir com uma descrição que considere regimes de historicidade, poética e tradição.

Este trabalho parte da análise do uso da expressão “dizque” como fenômeno de contato linguístico na fala de pessoas bilíngues em português e nheengatu (família Tupi-Guarani) para demonstrar a importância do registro do português indígena, ainda pouco estudado em âmbito acadêmico, e contribuir com possibilidades de descrição. Enquanto boa parte dos estudos sobre a história de contato entre as duas línguas procura explicar a formação do nheengatu a partir do tupi antigo, esta investigação integra uma pesquisa inédita que mapeia os efeitos de tal contato nas estruturas morfossintáticas do português de falantes bilíngues em São Gabriel da Cachoeira (AM), principal reduto do nheengatu na atualidade. Aqui, dialogando com linhas teóricas já amplamente adotadas na antropologia, nos debruçamos sobre um desses efeitos em específico para propor uma abordagem interdisciplinar e perspectivista de tais fenômenos de contato linguístico: o uso da expressão “dizque” como marcador de evidencialidade na narração de histórias tradicionais em português por falantes bilíngues. Utilizamos a teoria de ecologia do contato de Salikoko Mufwene para a análise dos dados linguísticos, mas pretendemos dar um passo além, defendendo que o fenômeno atestado carrega mais do que informações linguísticas per se. Nossa hipótese é a de que a variedade de português que emerge de tal situação de contato pode ser também veículo de expressão de regimes de historicidade, poética e tradição inerentes aos falares e contextos discursivos do nheengatu – na linha do que Mufwene chama de “vitória pírrica” das línguas com pretensões imperiais, que acabam sendo reestruturadas pelas línguas ditas de substrato.
Assim, em consonância com o que vem sendo discutido em espaços como A Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), acreditamos que registrar e descrever o português indígena, tão pouco pesquisado na esfera científica, é uma maneira de reconhecer essa variedade da língua, assim como os modos de pensar e as características das línguas originárias que ela possa carregar consigo.

Como os saberes tradicionais e seus traços linguísticos são preservados, transformados e transmitidos em situações de contato entre línguas? Proponho que essa é uma questão relevante para o estudo do(s) portugues(es) indígena(s). Vem comigo no #linguistweets #linguisTW2115🧶
5dez 2022 21:30 UTC Horário local *

The development of beside(s) as a discourse marker in trial proceedings

Viktorija Blazheska (Julius-Maximilians-Universität Würzburg)

This study investigates the development of beside(s) from adverbial to discourse marker in the context of trial proceedings, based on A Corpus of English Dialogues (1560–1760, 285,660 words) and The Old Bailey Proceedings Online 1720–1910, 24.4 million words).

This paper investigates the development of beside(s) from adverbial to discourse marker in the context of trial proceedings. The goal of the study is to observe the relative frequencies of the forms beside and besides across four centuries, as well as the circumstances of their use. The theoretical background of this work leans on the framework of grammaticalization theory, as well as on the cline for the development of beside(s) proposed by Traugott (1997). According to this cline, the use of besides as a discourse marker began in the mid-15th century, and it developed from an adverbial/prepositional phrase with a literal locative meaning to a discourse marker that frames an entire utterance and serves to extend the discourse with an afterthought.
The text type Traugott mentions in relation to this development are precisely trial proceedings. On the basis of that theoretical background, this study attempts to quantify this language change by analyzing the use of beside and besides in trial proceedings through time and from the perspective of several parameters. One of those parameters is semantic: is the meaning of the utterance locative, or has it already shifted to a meaning of extension? Related
to that are syntactic parameters: what is the position of beside(s) in the utterance, and does it head a prepositional or an adverbial phrase, or hedge an entire utterance as a discourse marker? The ultimate goal of this study is to explore the correlation between those parameters and so draw conclusions about the use of beside(s) in trial proceedings over four centuries.
Two corpora are used in the course of the study: A Corpus of English Dialogues (section Trial Proceedings), which covers the timespan between 1560 and 1760, and The Old Bailey Proceedings Online, which covers two additional centuries, from 1720 to1910. The Corpus of English Dialogues contains 285,660 words, and the Old Bailey contains 24.4 million spoken words. Every instance of beside and besides in the corpora is annotated for year, the position of
the element within the utterance, its syntactic scope and semantics. Additionally, since the metadata of the corpora also contain information about the gender of the speakers, this sociolinguistic variable is also discussed.
This combination of a qualitative and quantitative approach provides a detailed account of the development of beside(s) as a discourse marker in the context of trial proceedings as a text type.

#linguistweets #linguisTW2130 "Beside" and "besides" are two forms of an adverbial of location that has undergone a development to an adverbial of extension and finally to a discourse marker in a cline described by Traugott (1997). (1/6)
5dez 2022 22:00 UTC Horário local *

Estratégias de textualização na Língua Brasileira de Sinais: ampliando as discussões em torno dos desafios colocados por Jean-Marie Floch

Suelismar Mariano Florêncio (Universidade Federal de Goiás)

Co-autoria: Sebastião Elias Milani

Tomamos como objeto o texto manifestado em Libras. Com base na vertente semissimbólica da semiótica, demonstraremos como o enunciador do texto manipula recursos linguísticos para realçar conteúdos em prol de seu fazer-persuasivo, ou seja, suas estratégias de textualização.

Nossa proposta de estudo toma como objeto o texto manifestado em modalidade visuo-espacial pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que, apesar de no início do projeto greimasiano ter demonstrado uma aparente limitação de análise devido ao reduzido material linguístico até então desenvolvido (GREIMAS, 1971, p. 6 apud FLOCH, 1985, p. 25–26), apresenta-se hoje, pelo próprio desenvolvimento das pesquisas em relação ao seu caráter enquanto língua natural, como possiblidade de “amplificação das discussões em torno dos desafios colocados pelo plano da expressão” (MOREIRA, 2017, p. 23). Portanto, com base nos estudos seminais da vertente semissimbólica da semiótica de linha francesa (FLOCH, 1985; GREIMAS, 1984, 1975) e de pesquisas a eles relacionadas (CARVALHO e SOARES, 2021; LEMOS, 2008, 2010, 2012, 2016, 2019; LIMA, 2011, 2013, 2016; LOPES, 2003; MILANI, 2008), postas na fronteira deste conhecimento, pretendemos demonstrar como o enunciador do texto sinalizado manipula recursos linguísticos do plano de expressão disponíveis na LIBRAS para realçar conteúdos (MILANI, 2008, p. 155, passim) de modo conveniente ao seu fazer-persuasivo, o que pode ser compreendido como estratégias de textualização (LIMA, 2013, p. 55, 61). A fim de explicitar o que consideramos como estratégias de textualização operadas pelo enunciador do texto, propomos o exame do poema "O despertar", sinalizado pelo surdo Rimar Segala. Os resultados dão suporte à visão de que o ponto de vista semiótico oferta maior valor operacional na análise do texto como uma globalidade significante. Logo, trata-se de um trabalho bibliográfico de
cunho qualitativo e objetivo descritivo, cujos dados examinados serão prescritos no software ELAN 3 , seguindo o modelo de transcrição proposto por McCleary et al. (2010). O estudo dos textos sinalizados selecionados nos levará a identificar o que pode ser considerado como sua natureza poética, contribuindo com as investigações sobre conceitos abstratos manifestados no signo-texto sinalizado.

A Libras acumula distintos processos de manifestação, tanto verbais (enquanto imagem acústica saussuriana) quanto visuais (enquanto formantes plásticos do plano de expressão), o que favorece os interesses persuasivos do enunciador na textualização. #linguistweets #linguisTW2200
5dez 2022 22:15 UTC Horário local *

Psicolinguística do bilinguismo: contribuições de estudos com falantes de línguas de imigração e de sinais

Bernardo Limberger (Universidade Federal de Pelotas)

Co-autoria: Carina Rebello Cruz

Estudos psicolinguísticos sobre línguas minoritárias são recentes e relevantes. Apresentaremos contribuições de estudos com falantes de línguas de imigração e de sinais com foco em efeitos do bilinguismo na cognição, influências linguísticas e bilinguismo bimodal.

Estudos psicolinguísticos têm gerado conhecimento que impacta diferentes campos da sociedade, como a educação e a saúde (CORRÊA, 2020). A Psicolinguística, em constante ascensão e atualização, é diversificada devido à amplitude de interesses de pesquisa, relações, métodos e contribuições. Apesar disso, a área ainda é jovem, pela gama de perguntas em aberto sobre os processos cognitivos da aquisição, compreensão, produção e percepção de línguas. Algumas dessas questões têm relação com as línguas minoritárias, que podem ser caracterizadas em oposição a línguas majoritárias, por estarem em uma posição mais periférica. O objetivo deste trabalho é apresentar os principais resultados de pesquisas vinculadas à Psicolinguística do bilinguismo no Brasil, enfocando estudos com
falantes de línguas de imigração e com crianças sinalizantes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), enfatizando as suas principais contribuições e perspectivas. As pesquisas com falantes de línguas de imigração têm focalizado os efeitos do bilinguismo na cognição, especialmente nas funções executivas. Esses estudos visam a replicar a chamada “vantagem bilíngue” em falantes de uma língua minoritária. Porém, de forma geral, fracassam (ABREU; LIMBERGER, 2020). Outra linha de pesquisa que tem se fortalecido nos últimos anos é sobre as influências de uma língua na outra. As pesquisas têm mostrado que a língua de imigração influencia o processamento e o uso da língua dominante (no caso, o português) e/ou de uma língua estrangeira. As pesquisas com crianças falantes/sinalizantes de Libras, abordam a aquisição de uma língua de sinais e de uma língua oral, ou seja, o bilinguismo bimodal. Os
participantes são crianças ouvintes filhas de pais surdos, comumente conhecidas por CODAs (Children of Deaf Adults), e crianças surdas usuárias de implante coclear, filhas de pais surdos ou de pais ouvintes. Os resultados revelam que a aquisição bilíngue bimodal por estas crianças é possível, e reforçam a importância da aquisição de ambas as línguas “por possibilitar uma comunicação efetiva e confortável em ambas as línguas e, de integrar grupos culturais que compartilham experiências linguísticas visuais e auditivas” (CRUZ; QUADROS, 2018, p. 356). A partir dessas pesquisas, defende-se a manutenção e expansão de um campo de investigação psicolinguística sobre línguas minoritárias. Tais estudos podem fornecer implicações para o ensino de línguas em diferentes comunidades, para programas de revitalização linguística, acesso e interação o mais cedo possível à Libras, no caso de bebês, crianças surdas e seus pais/cuidadores, bem como cooperar com discussões político-linguísticas sobre a difusão e manutenção de línguas minoritárias.

#linguistweets - Conferência de Linguística no Twitter! Coautoria: @CarinaC59783933 Quais são as principais contribuições das pesquisas com falantes de línguas minoritárias do Brasil para a psicolinguística do bilinguismo? Abordamos aqui línguas de imigração e Libras. 🇧🇷💬1/6
5dez 2022 22:45 UTC Horário local *

Figure out or understand? The processing of figurative phrasal verbs by native and nonnative speakers of English

Danielle dos Santos Wisintainer (Universidade Federal de Santa Catarina)

Co-autoria: Mailce Borges Mota (UFSC)

The present study seeks to investigate how nonnative and native speakers of English process figurative phrasal verbs and lexical verbs (one-word verb) during the reading of sentences by means of an eye-tracking experiment.

Formulaic language, such as phrasal verbs, can be defined as a prefabricated sequence of words. Phrasal verbs comprise a particle and a verb which present literal and figurative meanings. They can be divided into two types: those with compositional meanings and those with non-compositional meanings. In phrasal verbs with compositional meanings, the verb combines with a particle and the whole construction is transparent from the meaning of its constituents; moreover, the particle can introduce the concept of a goal or an endpoint to durative situations (e.g., finish up). In phrasal verbs with non-compositional meanings, it is not possible to infer the meaning of the construction from the meaning of their separate elements, that is their meaning is non-transparent (e.g., figure out). Evidence suggests that nonnative and native speakers of English process phrasal verbs differently. Given the scarcity of phrasal verbs studies in the bilingual literature, in the present study we seek to investigate how nonnative speakers and native speakers of English process figurative phrasal verbs and lexical verbs (one-word verb)
during the reading of sentences. In an eye-tracking experiment, 24 participants (12 native speakers of English and 12 nonnative speakers of English) were required to read 96 sentences in English: 16 sentences contained figurative phrasal verbs, 16 sentences contained lexical verbs, and 64 sentences consisted of filler sentences. A Repeated Measures ANOVA revealed that nonnative speakers read all the conditions (figurative phrasal verbs and lexical verbs) slower than native speakers of English did on total reading time (p<.05). A linear mixed effects model was fitted with 12 nonnative speakers of English and condition type (figurative phrasal verb vs. control) as fixed effects. There was significant effect of condition type (p< .05) on total reading time. As predicted, our results show that the participants of the nonnative group reread and reanalyzed more figurative phrasal verbs than lexical verbs. A possible explanation for these results is that nonnative speakers of English engender greater cognitive effort in processing figurative phrasal verbs. This might be evidence that figurative phrasal verbs are not processed as a whole chunk by nonnative speakers of English. Our study provides additional support to the view that figurative meaning causes processing difficulty after the recognition point has been reached.

Are figurative phrasal verbs processed faster than one-word verbs by advanced speakers of English as L2 and native speakers of English? Follow our thread to find out! 🧵(1/6) #linguistweets #linguisTW2245
5dez 2022 23:00 UTC Horário local *

HIPOSSEGMENTAÇÃO EM CARTAS OFICIAIS DOS SÉCULOS XVIII E XIX ESCRITAS NO RIO GRANDE DO NORTE

Gabriel Sales (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Co-autoria: Eliete Figueira Batista da Silveira

A partir da proposta de hierarquia prosódica de Nespor e Vogel (2007), analisamos a correspondência entre registro escrito hipossegmentado e categorias prosódicas, em cartas oficiais escritas nos séculos XVIII e XIX, extraídas do corpus do PHPB-RN.

O objeto deste estudo é o fenômeno da hipossegmentação em corpora constituídos por cartas oficiais escritas nos séculos XVIII e XIX, no espaço geográfico do estado brasileiro do Rio Grande do Norte – RN. Nosso objetivo é o de verificar se, em um contexto social de convenções da escrita não tão bem estabelecidas e pouco difundidas – como o dos séculos em foco –, o registro escrito hipossegmentado é guiado ou não pelo conhecimento prosódico do indivíduo. Nossa análise, de natureza majoritariamente qualitativa, é fundamentada no modelo de hierarquia prosódica proposto por Nespor e Vogel (2007). Examinamos um conjunto de 61 cartas oficiais extraídas dos corpora do PHPB-RN, cujos registros hipossegmentados foram isolados e quantificados, com vista a identificar os possíveis constituintes prosódicos envolvidos nas junturas de palavras e a averiguar a existência ou não de distinção qualitativa e/ou quantitativa entre as ocorrências de hipossegmentação nas cartas dos diferentes séculos.
Os resultados da análise apontam para um decréscimo de ocorrências do fenômeno através do tempo, motivado, potencialmente, pela difusão de normas da escrita. Apesar da queda de produtividade, qualitativamente, a hipossegmentação mantém padrões semelhantes nos dois séculos investigados, concentrando-se, principalmente, nos constituintes prosódicos Grupo Clítico e Frase Fonológica, o que indica que o conhecimento prosódico do falante pode desempenhar influência determinante sobre a supressão do espaço em branco na escrita. Diante disso, propomos interpretações fonológicas para as ocorrências de hipossegmentação em diferentes níveis da hierarquia
prosódica, explicitando o papel do conhecimento prosódico sobre o fenômeno em foco e a sua regularidade estrutural.

A supressão de espaços em branco entre palavras não é aleatória e, nesta sequência, você vai entender o porquê. Registros escritos como "oslivros", ao invés de "os livros" (a que chamamos de hipossegmentação) são bastante comuns na escrita infantil + #linguistweets #linguisTW2300
5dez 2022 23:45 UTC Horário local *

#YouAreWhatYouTweet: Decoding speaker identity & fricative epithesis on French-language Twitter

Amanda Dalola (University of Minnesota)

Phrase-final fricative epithesis (PFFE) is a French sociophonetic variable in which phrase-final vowels lose their voicing & produce a fricative,e.g. oui_ch. In digital vernacular,PFFE is used iconically outside of final position to mark situations of formality & intense affect.

Phrase-final fricative epithesis (PFFE), often indicated in informal writing with a final -(hh)h or – (c)ch(h), e.g. beaucoup_h, oui_ch, is a sociophonetic variable of Hexagonal French (=from France) in which utterance-final vowels lose their voicing and give way to intense fricative-like whistles, e.g., mais oui_hhh (Fónagy, 1989). Although readily observed in the speech of both native speakers (NS) and second-language learners (L2), PFFE’s percepts remain somewhat elusive. This study uses a matched-guise task to establish PFFE’s perceptual values among NS and L2 French speakers and determines what sociolinguistic characteristics of the listener influence these perceptions. In particular, it was found that NS perceive the variable to be a marker of both Formality and Intense Affect in the speech of users, while L2 speakers perceive the variable only to be a marker of Formality. These perception findings are then compared to a 2060-token Twitter corpus of PFFE occurrences to illustrate the ways in which the variable’s life on Twitter both corroborates previous perception findings and provides evidence of a more iconic, more structurally permissive life on Twitter, conditioned by the creative digital vernacular writing style popular to the medium.

1/6: Do sociophonetic variables live on Twitter like they do in speech? This study reports on French Phrase-final fricative epithesis (PFFE) where utterance-final vowels lose voicing & produce fricatives, written with final -(c)h(e), e.g. merci_che. #linguistweets #linguisTW2345